Sunday 10 February 2008


O meu estado de loucura já nao tem cura. Estou a despedir-me como da morte real cruel que nos separa do amor... É assim que me lêm de momento, com a demência de que perde a noção e encerra um capítulo incompleto...

E acordo repentinamente como que de um pesadelo e as imagens tornam-se mais claras. Não vejo as essências do meu sentimento, os motivos da minha angústia tornam-se num ser selvagem que me revolta por não confiar em mim. E eu deixei de confiar...

Não me conheces já verdadeiramente? Será que deixaste de me sentir? As dúvidas que te reforçam as rugas da testa entristecem-me o olhar morto, desiludem-me, a distância só me faz crer que nunca me viste realmente...

Perco-me no tempo quando menos espero e solto as lágrimas pra libertar o peito da pressão da solidão. Surge o medo de perder o melhor de tudo, surge o medo de perder o amor que sinto cá dentro pela vida e refugio-me na cobardia, desculpo tudo como se precisasse disso para sobreviver. E não desculpo mais.

Preciso da minha intensidade, de a perceber em tudo o que passa por mim, reconhecê-la é reconhecer-me a mim quando me sinto alheada de tudo. Precisava que a guardasses contigo para não a perder as já a perdeste... Perdeste-me a mim pelo caminho... embrenhado em confusões, palavras mal ditas, em pedaços de histórias fictícias contadas ao vento e que me atordoam os sentidos quando as ouço contadas como trechos de nada.


Ouvisses tu as minhas histórias... Tramas e mais tramas sem propósito e sem verdade toldam-te o juízo, cegam-te os sentidos e deixas de ver, realmente ver o que sempre te guardou a vida e eu, o que sempre te guardei... um futuro de vivências que enriquecem a vida e nos trazem o melhor de nós. Deixei de ter o meu melhor...

E será que não me sentes? Nem eu sei se me sinto, o que sinto, o que quero sentir.... Deixei-me de reflexões, fico-me pelos empurrões dos accontecimentos como se fosse nada e deixo-me ir... Seja o que for, seja como for, deixo-me ir...

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