Wednesday 13 June 2007



"Como é que achas que é viver toda a vida procurando pelo amor de uma pessoa e saber que ela não nos quer? A minha maldade para contigo sempre teve esse objectivo; as discussões, os mal-entendidos e as diversas ofensas e má atitudes sempre foram a melhor forma de ter a tua atenção e nunca aprendi de outra forma porque sempre te afastaste de mim… É até algo irónico, tudo o que sempre fiz para te puxar para mim só te afastou.

E nunca te disse que te amo porque nunca consegui. É uma incapacidade inata de expressão, uma fonte de constrangimento, uma limitação minha… E, com certeza, deveria antes já ter dito ou feito alguma coisa mas não consigo. Um erro. Mas tu também erraste muito comigo porque nunca me aceitaste, fosse de que maneira fosse. Sempre me orientaste com base em críticas e sempre ridicularizando tudo em mim, tudo o que sempre viste com bons olhos nos outros. E só de pensar nisso… Diminuis importância em tudo o que me diz respeito, em tudo o que sou e represento. E é difícil entender isto quando tudo o que sempre quis foi ser uma prioridade para ti, ser mais importante do que todas as outras pessoas estranhas a ti. E, muito provavelmente, não queres mesmo saber de mim. Já eu sou o oposto.

Falhámos os objectivos. Lamento, não soube fazer melhor."

3 comments:

lady.bug said...

Estranho quando o amar coincide com o outro, e depois tudo o resto não.
Ama-se, mas não se consegue viver o nós.
Fica sempre o eu e o tu, separados, longe, distantes.

Is This Me? said...

Há o dito antigo que diz: "Amar só, não basta!"... :)

lady.bug said...

antes bastasse...